quinta-feira, 3 de maio de 2012

A vida!

Começamos um relacionamento cheios de expectativas, felizes e certos de que aquela pessoa que está agora ao nosso lado é a resposta para todas as nossas preces.
E o tempo vai passando e as dificuldades vão aparecendo e os primeiros conflitos acontecem.
E nós reagimos a estes conflitos de acordo com nossa forma habitual de lidar com estas situações.
A forma que aprendemos com nossa família de origem, nossos pais.
Se na nossa família os assuntos eram resolvidos com dramas, choros, seguidos de mais dramas, reencontros, abraços, beijos, é assim que nós provavelmente agiremos com nosso parceiro. O desencontro pode acontecer se na família deste nosso companheiro os conflitos eram resolvidos com o silêncio, o afastamento e a falta de contacto físico.
E assim ficamos presos nos nossos modelos familiares sem a possibilidade de construir algo diferente, pois, inconscientemente, quando agimos de acordo com nossa família, estamos sendo leais e sentimos o vínculo com eles se tornar cada vez mais forte.
Isso reforça então o sentimento de pertencer, de fazer parte de algo. E isso dá segurança.
A solução para a construção de uma nova relação seria então que ambos, o homem e a mulher, pudessem olhar para suas famílias e procurassem descobrir quais as questões que ainda precisam de resolver com elas para ficarem livres para um relacionamento afectivo.
A recompensa, ao eliminar os emaranhamentos familiares pré-existentes, é a possibilidade de ter um relacionamento feliz e poder criar juntos as próprias regras para uma convivência pacífica e harmoniosa.
Parece óbvio, mas para que isso aconteça, colocamos em risco o nosso sentimento de pertencer à nossa família e isso é muito difícil. A nossa ligação com nossos pais e antepassados tem uma força muito grande, mesmo que não estejamos conscientes dela.
Quando primeiro procurarmos uma solução para essas questões com a nossa família de origem, ficaremos mais livres para dar início a uma nova história com regras e dinâmicas que serão construídas a partir das pessoas que formam esse casal. E assim podemos dar continuidade àquilo que recebemos de nossos pais. A vida!

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