segunda-feira, 11 de março de 2013

Ao longo da vida ... # 1

Há muitas coisas que aprendemos ao longo da vida. Dessas aprendizagens costumo mais frequentemente citar as negativas ... que não são negativas, mas que se aplicamos quando é para referir o caminho que a vida nos obrigou a seguir. Costumo dizer que cheguei até aqui percorrendo não os caminhos que mais me interessavam, mas sim aquele pelo qual, depois de encontrões de um lado e obrigações de outro, "optei" por seguir. E foi assim nos vários cruzamentos e entroncamentos da minha vida, por vezes que queria virar à direita e lá vinha aquele encontrão que me obrigava a seguir em frente, ou naquele caso em que eu pretendia seguir pela esquerda e lá vem outro que, sem dizer palavra alguma, me obrigou a virar à direita de tal forma que eu não tinha força para o contrariar ... e assim fui percorrendo o caminho que me fez chegar onde estou. Não quero com isto dizer que esteja mal, não! ... mas não segui aquele caminho da forma que o sonhei.
Se o caminho com que eu sonhava estava certo ou errado, eu só poderia saber se tivesse tido força suficiente para o impor. E aí também o que aprendi me diz que era este o meu caminho. Lembro também o que alguém em determinada fase menos boa do meu percurso me disse que "na sua vida lhe vão acontecer coisas que nunca pensou que acontecessem, mas elas teriam que acontecer e eu nada poderia fazer para não ter que me deparar com elas."  E agora eu digo que ... é isto a vida.

Depois disto, parece-me tudo mais cinzento e triste e é aí que eu sacudo a cabeça, respiro fundo e me encontro com o meu Deus e em pouco tempo volto ao presente, onde o sol espreita sempre por uma abertura entre as nuvens e se vai fazendo primavera. Lá, estão as flores que nasceram debaixo das árvores que plantámos, das quais colhemos os frutos  e nos alimentam dia-a-dia, em cujas folhas, que um dia cairão, nos vamos aconchegar no outono, enquanto esperamos um dia tirar a lenha para acender a lareira que nos dará calor no inverno. E tento viver este verão da minha vida, cujas altas temperaturas eu quase não suporto e travo comigo uma batalha até encontrar uma sombra. Dias quentes, intercalados com dias em que a brisa do mar refresca o ar que respiramos e faz esvoaçar aquele vestido, que não é branco mas é leve e solto. E a sensação única de bem estar ao por-do-sol, depois de algumas horas passados à beira mar.

1 comentário:

  1. O tema não acaba aqui, continuarei a escrever assim que a minha mente deixar. <3

    ResponderEliminar