Gostaria
de escrever um poema
e
não sei de quê.
Há em mim uma inquietação
como se para nascer um grande gesto,
uma ideia,
uma ideia,
o
visível do que se não vê.
Mas não nasce,
não se vê,
nasce
apenas o prazer
desta vaga melancolia
que em si mesma consiste
que em si mesma consiste
e tem o gosto de ser triste
sem o ser.
(Vergílio
Ferreira)
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