segunda-feira, 6 de abril de 2015

A Páscoa e eu ...

O médico manda-me plantar limoeiros.
Há quem diga que em vésperas de ocasiões festivas (tipo Natal, Páscoa) eu fico sempre assim.
Nervosa, ansiosa, quase em pânico.
Há muito que deixei de gostar de feriados! Estar em casa a servir de cozinheira, mulher a dias (todos os dias) tira-me do sério. Assim como a atitude machista não assumida dos homens ... machista eu? não! quem disse isso?... pronto lá vem ela outra vez! ... é sempre a mesma conversa!!!
- O que é que há para jantar? ..........
Voltemos ao assunto: Páscoa, sexta-feira santa (mas santa porquê!) o meu dia começou com lágrimas, de tristeza mesmo, coisa minha, não conheço outra pessoa assim. Do que fiz durante o dia pouco me lembro, só sei que fui ao supermercado fazer as compras de fim de semana. Também fiz o almoço e tirei carnes do congelador para os almoços de sábado e domingo (de Páscoa).
Sei também que pedi muito a mim mesma para que no dia seguinte acordasse mais bem disposta. E disposta a isso me deitei. Bendito sábado, alguns minutos de meditação a meio da caminhada matinal. Propus-me levar aquilo a sério tal como tinha pedido a mim mesma. E assim foi (maldito almoço que me fez perder horas entre a banca e o fogão)!
Domingo exigi novamente de mim calma, concentração, devagar que devagar se vai ao longe.
E o maldito compasso que vem sempre tarde (de tarde) ... mais ansiedade, mais nervosismo, mais espera. Espreita, vai ver, é agora, agora ... decidam-se, ainda estão a pensar se hão-de ou não atravessar a rua! Não se que mal lhes fiz, mas parece que não gostam de vir a minha E a Páscoa quando devia estar a começar ali acabou. Segui em parte o conselho do médico e fui para o jardim mondar as flores secas das minhas azáleas (não tenho limoeiros). "Tenho tantas saudades tuas, infância."

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