Tenho momentos em que sinto necessidade de falar, preciso dizer o que penso e o que sinto. Costuma dizer-se passar das palavras aos actos, neste caso seria passar os actos a palavras, sim, transformar os actos em palavras para que ficasse bem claro o porquê de cada situação.
Ainda que suponhamos que pelos actos se pode subentender a atitude, por vezes estamos enganados. E muitas vezes redondamente enganados. Sòmente as palavras projectam o reflexo do que pensamos, e é o que pensamos que gera a nossa atitude.
Há quem diga também que as palavras podem ser mal interpretadas, mas isso é se não forem escutadas, não só ouvidas mas escutadas. Porque escutar é diferente de ouvir, como olhar também é diferente de ver. Quantas vezes nada vemos enquanto olhamos. O olhar torna-se um hábito, e como tudo aquilo que fazemos por hábito torna-se instintivo. O mesmo pode acontecer com o que (não) ouvimos.
Por isso tenho esta necessidade de falar, para que se entendam os meus actos.
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