sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Hoje decidi escrever de mim ... para ti.

Numa relação como em quase tudo na vida, muito depende de nós. Segurança, todos nós desejamos, mas é impossível tê-la como certa.
Quando se começa uma relação e ainda somos muito jovens, a preocupação não é tão grande. Eu diria até que nem existe preocupação. É paixão que existe, e não enxergamos mais nada, vemos tudo côr de rosa.
Há medida que os anos passam, se calhar, as experiências que vamos tendo tiram-nos a ilusão que é própria da juventude. Chama-se a isso amadurecer. Se amadurecemos inseridos numa relação, e se conseguimos que essa relação seja duradoura, tornamo-nos mais confiantes ou seja, mais seguros.

Ao longo dos anos, na minha experiência pessoal, alturas houve em que achei que, se houvesse uma ruptura, nunca mais iria querer ter uma relação com ninguém porque me faltaria, ou não teria, a mesma ilusão de outrora.
Por outro lado também, tudo dependeria do contexto em que se envolvesse o fim da relação presente. Não estava, e continuo a não estar, a ver-me com outros braços a envolver-me, a beijar outra pessoa e a ter que passar de novo por todo o processo de adaptação à vida em comum.

Muitas relações, casamentos, dependeram apenas de ilusão e não foi por isso que não se transformaram em relações seguras, duradouras. Havia segurança à partida? não, foi construída.

Existem prós e contras numa relação. Como em tudo na vida; se gostamos muito ou pouco do nosso local de trabalho, daquilo que fazemos, dos colegas, do(s) chefe(s) … gostamos sempre deles? não. Estamos sempre bem dispostos? não. Todos os dias são diferentes, e aprendemos a viver assim, com eles, dias bons e dias maus.
Perante um episódio familiar menos bom, um médico (conselheiro) disse-me que "o bom é inimigo do óptmo”; seria óptimo que pudesse ser como desejaríamos que fosse! Seria óptimo! mas temos que nos contentar com o bom, e o bom é assim como está, se for bom não precisa de ser óptimo. Basta que seja bom.

Queremos sempre mais ou melhor. A vida não é assim, temos que ser felizes com aquilo que temos ou seremos infelizes para sempre. E aquilo que temos somos nós que construímos. Há nossa maneira? sim, dentro do possível, porque o que queremos temos que fazer, temos que nos empenhar, ninguém pode fazer por nós. E também não podemos mudar ninguém, porque (senão vejamos) é fácil conseguir mudarmo-nos a nós próprios? Temos duas hipóteses: - podemos adaptar-nos, dar o nosso melhor, e com isso construir a nossa felicidade e a felicidade daqueles que nos rodeiam; ou não nos adaptamos e deixamo-nos vencer pela frustração, pelo descontentamento, e pelas consequências imprevisíveis.

Não sei se depende do factor idade, mas hoje – apesar de nada parecer resultar – acho que é tudo mais fácil porque há mais informação. E até sem estudar, se quisermos, aprendemos.

Como diria Raul Solnado - Vamos lá fazer o favor de ser felizes!


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