segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Saudades

Muito raramente entro numa grande superfície (também conhecida por hipermercado) ao domingo à tarde. Aconteceu ontem, porque necessitava de um produto que se consome diariamente em minha casa - maçãs.
Tinha ido ao "intermarché" de manhã comprar pão "escuro", porque nas padarias ou nos bem conhecidos "pão-quente" (onde ao fim-de-semana muita gente prefere e "muito-bem" juntar-se com a família ou os amigos, e fazer um pequeno-almoço ou lanche à boa maneira portuguesa "moderna", e sempre na boa companhia de de bolos, torradas, tostas-mistas, meias-de-leite, sumos ou cervejas) ao domingo só se fabrica pão de 1ª categoria, refinado como manda a tradição domingueira, além dos deliciosos bolos (bem entendido], e nossa fruta preferida (maçã golden) era de uma péssima qualidade em termos de apresentação e tratamento, sem qualquer separação por calibre (tamanho, tudo ao monte) e demonstrando tratamento descuidado da parte dos manobradores. Como eu costumo dizer, as maçãs parece que andaram na guerra, pronto!!
Ai que saudades daquelas maçãs pequeninas, vermelhinhas, do quintal da minha avó, na casa onde eu nasci ....

Isto para dizer, pretendia eu, que aquela "grande superfície" estava apinhada de gente de todas as idades, pais, filhos, avós ... O entretenimento era, além das compras, montras ou lojas (que eu não vi) era à volta das criancinhas. Que regalo vê-las a brincar nos cavalinhos, ou carrinhos, que vibram durante alguns minutos, movidos pela moeda que o pai ou a avó introduziram no respectivo receptáculo.
Ai que saudades do cavalinhos de madeira, que baloiçava impelido pelos movimentos do menino (ou menina) instalado na garupa ... triciclos e carrinhos que deslizavam em plano inclinado, nos pátios ou nas bermas dos passeios.

Ai que saudades das galinhas, dos patos a chafurdar na lama da pouca água do lago, onde todos acabávamos atolados, enlameados, no meio das saudáveis risadas de uns e choros de outros ... :)
 .... ai que saudades!



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